O deolhonoworld traz
Sem europeus, turistas do Sudeste brasileiro predominam em Natal.
O turista nacional que
chega ao Rio Grande do Norte vem predominantemente do eixo Rio de
Janeiro-São Paulo. O chefe do setor de Projetos e Estratégias da
Seturde, Raúl Silveira Ribeiro, afirma que o perfil identificado até o
momento é de pessoas com idade entre 30 e 40 anos já consolidadas em
termos de renda. "Eles têm um tempo livre maior para viajar e vêm
aproveitar",destaca. O binômio sol e mar ainda é o grande atrativo da
cidade, e os passeios previstos no city tour oferecido pelas agências de
turismo é o caminho seguido pelos visitantes. No caso dos mais jovens,
Raúl Ribeiro aponta que a procura maior acontece pela praia de Pipa,
famosa pelas festas.
A diminuição dos europeus em Natal encontra
explicação na crise econômica vivida no Velho Continente e a
desvalorização do euro, o que diminuiu bastante o poder de compra dos
visitantes estrangeiros. Assim como vem ocorrendo na economia brasileira
como um todo, o setor do turismo apresentou taxas de crescimento abaixo
do ano passado. Na hotelaria potiguar não foi diferente. A queda anual
da ocupação dos hotéis chega a uma média de 20%. Em dezembro o índice
caiu 15%.
Realizada desde outubro, a pesquisa de demanda
turística desenvolvida pela Seturde continuará até março e sairá com
dados consolidados em abril. Um relatório parcial divulgado no começo do
mês mostrou que entre 600 turistas ouvidos, 70% (524) deles são
provenientes do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso,
Distrito Federal, Acre, Pernambuco, Goiás e Ceará e, 30% (76) da
Espanha, Itália, Suíça, Portugal, Alemanha, Estados Unidos e Suécia. A notável queda na quantidade de turistas internacionais
se notabiliza pelos questionários serem preenchidos somente em Ponta
Negra, praia historicamente mais frequentada por visitantes
estrangeiros.
Além da ausência dos estrangeiros, o presidente da
Associação Brasileira de Hotéis do Estado (ABIH/RN), Habib Chalita,
conta que a concorrência vem investindo bem e conquistando preferência.
"No reveillon, por exemplo, Fortaleza fará um grande evento de rua,
enquanto aqui temos uma carência", explica Chalita. Sobre o perfil do
público, o presidente da ABIH/RN confirma que os investimentos têm sido
direcionados ao mercado nacional. "O turista da Classe C se programa
para vir e traz a família", enfatiza. De acordo com Raúl Ribeiro, os
visitantes permanecem na cidade em média por uma semana.
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